Sunday, December 11, 2005

Uma loira no alto do Empire State

Aproveitando a onda em cima da nova refilmagem de King Kong, decidi estrear o meu blog com a imagem da capa do número 81 da revista Eerie, lançada nos Estados Unidos em fevereiro de 1977. O ilustrador responsável pela capa é Frank Frazetta, artista norte-americano conhecido pelas capas que produziu para os livros com as aventuras de Conan, o bárbaro.
A Eerie era uma revista em quadrinhos com histórias de terror, ficção científica e suspense. Para escapar de problemas com censura, essa revista era publicada num formato maior do que o dos gibis norte-americanos. Outra diferença era o fato de suas histórias serem publicadas em preto e branco. Assim, tecnicamente, Eerie era uma revista (magazine) e não um gibi (comic book), o que a deixava livre da censura do Comic Code, o órgão de autocensura das editoras de gibis nos Estados Unidos.
A editora responsável pela Eerie era a hoje extinta Warren Publishing, que também publicava as revistas Creepy e Vampirella. O material dessas revistas foi publicado no Brasil pela Rio Gráfica e Editora (atual Editora Globo) de meados da década de 1970 até o início da década de 1980 na saudosa revista Kripta.
A edição aqui mostrada trazia no seu interior várias histórias parodiando ou fazendo referências ao filme do King Kong original, inclusive histórias com loiras gigantes. Os editores da Warren costumavam solicitar aos roteiristas e desenhistas que criassem histórias inspiradas nas capas. Assim, uma mesma capa podia servir de inspiração para histórias bastante diferentes. Entre os artistas que mais colaboraram nas revistas da Warren, estava o espanhol José Ortiz, que hoje é mais conhecido pelos fãs dos quadrinhos italianos de faroeste como Tex e Mágico Vento, publicados no Brasil pela Mythos Editora. As histórias dessa edição de Eerie foram publicadas no Brasil no número 13 de Kripta, mas a capa original de Frazetta foi refeita por um artista brasileiro.
Neste blog ivocê irá encontrar textos sobre quadrinhos e sempre que possível irei compartilhar com vocês as minhas opiniões sobre a arte seqüencial.
Túlio Vilela, formado em história pela USP, é professor da rede pública do Estado de São Paulo e um dos autores de “Como Usar as Histórias em Quadrinhos na Sala de Aula” (Editora Contexto).

4 Comments:

At 4:13 AM, Anonymous Anonymous said...

Frazeta fez bem em desenhar a loiro gigantesca e o macacão pequenininho. O ponto forte do cara são as mulheres...

 
At 5:05 PM, Blogger Unknown said...

SEUS DESENHOS SÃO DEMAIS.VC SABE QUEM TE ESCREVEU? ESPERO QUE SIM. SUA AMIGA QUE NUNCA TE ESQUECEU!beijos.

 
At 10:04 AM, Anonymous Anonymous said...

intiresno muito, obrigado

 
At 9:20 AM, Blogger menna said...

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