Monday, June 26, 2006

Qualquer semelhança NÃO é mera coincidência...


Nas décadas de 1970 e de 1980, várias editoras brasileiras pirateavam ilustrações tiradas de publicações importadas para usar em capas de revistas e até em álbuns de figurinhas. Como naquele tempo não havia Internet, só mesmo quem acompanhava as poucas publicações importadas então disponíveis em nossas livrarias percebia a picaretagem. A Bloch Editores foi a pior empresa que já publicou os quadrinhos Marvel no Brasil: tradução deplorável que descaracterizava os heróis (imagine todas as personagens usando gírias cariocas dos anos 1970); colorido péssimo (eles costumavam substituir as cores dos uniformes dos heróis e vilões por outras, na quadrinização de Guerra nas Estrelas, por exemplo, eles pintaram de amarelo a armadura do Darth Vader) e outras "porquices". Não bastasse tudo isso, o pessoal da Bloch também fazia uso indevido de ilustrações alheias. Numa edição da revista Capitão Mistério, os "gênios " da Bloch pegaram uma capa pintada pelo artista norte-americano Earl Norem para a revista Savage Sword of Conan , publicada pela Marvel. O Conan foi transformado na Múmia e a assinatura do Norem foi riscada. Felizmente, tempos depois a capa do Norem abrilhantou uma das edições da revista A Espada Selvagem de Conan, publicada pela Abril. Dessa vez, publicada sem retoques e com a devida autorização da Marvel. A reprodução da capa da Capitão Mistério encontrei no Fanboy, um dos melhores sites nacionais sobre quadrinhos (www.fanboy.com.br).

Túlio Vilela, formado em história pela USP, é professor da rede pública do Estado de São Paulo e um dos autores de “Como Usar as Histórias em Quadrinhos na Sala de Aula” (Editora Contexto).

Tuesday, June 20, 2006

Um grito ecoa no espaço: "SPAAAACE GHOOOST!" Mas como é possível escutar um grito no espaço se não existe ar lá?


Na década de 1960, um desenhista norte-americano esteve envolvido na criação de vários super-heróis que fizeram parte da infância de muita gente. Não, desta vez, não estou falando de Jack Kirby. Estou falando de Alex Toth, falecido recentemente, que trabalhou muitos anos como designer de personagens para os desenhos animados da Hanna-Barbera. Entre os heróis que Toth criou o visual estão: Homem-Pássaro, Herculóides, Poderoso Mightor e... Space Ghost. A Panini acabou de lançar o primeiro número da minissérie em quadrinhos Space Ghost, baseada na famosa série de desenhos animados surgida em 1966, mas cujas reprises na TV aberta foram assistidas por quem foi criança nas décadas de 1970 e de 1980. A exemplo de outros heróis da Hanna-Barbera, jamais foi mostrada no desenho a origem do herói. Aliás, Space Ghost era tão misterioso que ele jamais havia aparecido sem a máscara. Na minissérie em quadrinhos, Joe Kelly criou uma origem para o herói e o artista Ariel Olivetti mostra pela primeira vez o rosto por trás da máscara. A arte de pintada de Olivetti não tem o mesmo charme da arte de Toth e nem chega ao mesmo nível das pinturas de Alex Ross, que produziu as belísimas capas da minissérie. Não estou dizendo que Olivetti é um mau artista. Pelo contrário, ele é um ótimo artista.Mas quando pensamos numa minissérie estrelada por um herói criado por Alex Toth e com capas de Alex Ross, as comparações são inevitáveis. Mas é como comparar um ótimo jogador de futebol a Pelé... O ponto alto de Olivetti são os alienígenas que ele desenhou para a história, que chegam a lembrar os quadrinhos da Legião Alien, publicados na saudosa revista Epic Marvel, que a Abril lançou em meados dos anos 1980. A história é cheia de clichês, mas é divertida. Aliás, clichês são algo bem apropriado para um herói tão retrõ quanto é Space-Ghost. O problema é que cada fã devia ter imaginado sua própria versão da origem do "Fantasma do espaço". Por falar em fantasma, o Space-Ghost lembrava o Fantasma (Phantom) de Lee Falk. Talvez, tivesse sido mais interessante se a minissérie jamais tivesse mostrado o rosto do herói sem a máscara, mostrando-o apenas de costas ou oculto pelas sombras. Ou então, mesmo que mostrasse o rosto, não mostrasse os olhos, cobrindo-os com óculos escuros ou coisa parecida. No geral, o gibi funciona bem. O único problema é que o último quadrinho do primeiro capítulo mostra o capuz do herói um pouco diferente do visual clássico, deixando-o mais parecido com o Hooded Justice dos Minutemen.

Túlio Vilela, formado em história pela USP, é professor da rede pública do Estado de São Paulo e um dos autores de “Como Usar as Histórias em Quadrinhos na Sala de Aula” (Editora Contexto).

Thursday, June 15, 2006

MARVEL, DC ... e EBAL!




O americano Les Daniels é autor de um livro sobre a história da DC, intitulado DC Comics:Sixty Years of the World’s Favorite Comic Book Heroes, e outro sobre a Marvel, intitulado Title: Marvel: Five Fabulous Decades of the World's Greatest Comics, ambos lançados em 1995.
Talvez, agora que o mercado editorial brasileiro está descobrindo o nicho dos livros teóricos sobre quadrinhos, a gente tenha a sorte de ver um livro semelhante aos dois citados para contar a história de uma editora brasileira que marcou época: a EBAL (Editora Brasil-América Limitada), fundada pelo pioneiro Adolfo Aizen.
Para quem quer saber mais a respeito da EBAL e tiver tempo disponível, dia 20 de junho de 2006 às 14h30, na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, o jornalista Rodrigo Arco e Flexa defenderá sua dissertaçãode mestrado, cujo tema é a história da EBAL. A defesa ocorrerá na sala do CTA (Conselho Técnico e Administrativo), ao lado da diretoria da ECA (prédio principal da escola). O endereço é :Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443. Cidade Universitária. CEP 05508-900, São Paulo-SP. A banca examinadora será formada pelas professoras Dulcília Helena Schroeder Buitoni (orientadora), Sonia Bibe Luyten e pelo professor Waldomiro Vergueiro.
Eis aqui as informações fornecidas pelo próprio Rodrigo a respeito da dissertação dele:
SUPER-HERÓIS DA EBAL – A publicação nacional dos personagens dos ‘comic books’ dos EUA pela Editora Brasil-América (EBAL), décadas de 1960 e 70”
RESUMO
Estudo sobre a publicação nacional dos super-heróis dos comic books dos EUA pela Editora Brasil-América (EBAL) entre meados dos anos 60 e 70. Para tanto, será traçado um panorama histórico, acrescido das coordenadas teóricas que norteiam a análise da iconografia dessas revistas. Houve uma extensa pesquisa iconográfica focalizada nas edições da EBAL, além de levantamento de histórias em quadrinhos de outras editoras e épocas. Mesmo sendo um produto típico da indústria cultural do século 20, as histórias em quadrinhos apresentam inflexões que permitem relacionar arte, cultura, sociedade e imaginário. O estudo inclui ainda entrevistas com leitores da EBAL.
Vamos torcer para que essa dissertação seja publicada por alguma boa editora e lançada em nossas livrarias. Quem quer conhecer mais ou matar saudades da EBAL pode aproveitar e visitar o seguinte blog dedicado aos quadrinhos publicados pela editora: http://ebal.blogspot.com

Túlio Vilela, formado em história pela USP, é professor da rede pública do estado de São Paulo e um dos autores do livro Como Usar as Histórias em Quadrinhos na Sala de Aula (Editora Contexto).

Sunday, June 11, 2006

MARCOS TETELLI: Um desenhista que ainda precisa ser descoberto






Em meados de 1989, conheci Marcos Tetelli numa escola de desenho em São Bernardo do Campo. Na época, eu tinha quinze anos, o Tetelli um pouco mais que isso. Quem dava aulas lá era um tal de João Costa, que já havia publicado uns trabalhos pela extinta Press Editorial (que publicava gibis de terror e pornôs) e feito a arte-final de alguns quadrinhos infantis para a Abril. O Tetelli já chamava a atenção pelos seus desenhos. Ele era muito fã da arte do John Byrne, que era um desenhista extremamente popular na época,principalmente pela fase em que desenhou os X-Men (com arte-final do Terry Austin). Apesar disso, seus primeiros desenhos lembravam muito os do Pat Broderick (que desenhou histórias do Nuclear para a DC e do Capitão Mar-Vell para a Marvel). Com o tempo, o Tetelli começou a buscar referências em outros artistas de técnica mais apurada: Neal Adams, José Luiz García-López, Esteban Maroto, John Buscema... O resultado não poderia ser outro: seus desenhos ficaram ainda melhores. Mais ou menos como Jerry Siegel e Joe Shuster, os ingênuos criadores do Super-Homem, formamos uma parceria, tentando produzir quadrinhos juntos. Eu roteirizava e desenhava, o Tetelli finalizava. Ou melhor, ele redesenhava o meu trabalho: ele era capaz de transformar um simples esboço num desenho melhor e totalmente diferente. Acrescentava detalhes, corrigia falhas de anatomia.

O sonho dele era desenhar super-heróis para o mercado norte-americano. Em parte, ele realizou esse sonho. Por meio do estúdio Art & Comics, que agencia desenhistas brasileiros para trabalharem para as editoras norte-americanas, ele chegou a desenhar páginas de uma história do Homem de Ferro, que foi publicada, e , com arte-final de Greg Adams, os dois últimos números do Ravage, o herói criado por Stan Lee para o Universo 2099 (as duas imagens que aparecem aqui foram tiradas de uma dessas edições e estão disponíveis no site www.comicartfans.com). Além disso, ele também ajudou o Manny Clark (nome artístico adotado pelo brasileiro Manoel Flor) a cumprir prazos para editoras como a Continuity (cujo dono é nada mais, nada menos que Neal Adams) e desenhou alguns livros de RPG (Role Playing Game). No entanto, infelizmente, o Tetelli nunca conseguiu um trabalho regular com desenho, e jamais pôde largar o seu emprego de bancário para se dedicar exclusivamente aos quadrinhos e à ilustração. Ele está certo. Por que correr o risco de trocar o certo pelo incerto? Quem sabe um dia a gente possa ter a sorte de encontrar a arte do Tetelli regularmente nas bancas?
Túlio Vilela, formado em história pela USP, é professor da rede pública do estado de São Paulo e um dos autores do livro Como Usar as Histórias em Quadrinhos na Sala de Aula (Editora Contexto).

Saturday, June 10, 2006

THUNDARR, ARIEL, OOKLA!


Nos anos 1980, desenhos animados com heróis de cabelos compridos e armados de espadas mágicas estavam na moda. A produtora Filmation tinha He-Man, a concorrente Rankin-Bass tinha os Thundercats, a Hanna-Barbera tinha Galtar e a produtora Ruby-Spears tinha Thundarr, o bárbaro.
Joe Ruby e Ken Spears começaram trabalhando como roteiristas para os estúdios Hanna-Barbera, onde criaram séries como Scooby-Doo e Dinamite, o Bionicão. Depois, a dupla resolveu montar sua própria produtora.
Entre as séries de desenhos animados produzidos pela Ruby-Spears estavam Bicudo, o lobizomem; Homem-Elástico (nos quadrinhos, Homem-Borracha, criação de Jack Cole) e outros.
Thundarr era uma série de desenhos-animados com elementos tirados de vários filmes e gibis, especialmente a série Planeta dos Macacos e Kamandi, o herói criado pelo "rei" Jack Kirby para a DC. O próprio Thundarr lembrava outro famoso bárbaro da ficção em sua truculência: Conan. Seu amigo Ookla (o nome era um trocadilho com "UCLA", a famosa Universidade da Califórnia) lembrava demais o Chewbacca de Guerra nas Estrelas ("traduzindo" para as platéias de hoje: Star Wars).
Um dos criadores da série foi o roteirista Steve Gerber, que escreveu gibis do Homem-Coisa e de Howard, o Pato para a Marvel. Entre os designers da série estavam dois gigantes dos quadrinhos : Jack Kirby e Alex Toth.

Kirby criou o visual de Gemini, um vilão recorrente na série, enquanto Toth criou o visual das personagens principais, inclusive da bela feiticeira Ariel, que aqui aparece de topless, em originais leiloados pela Internet (claro que ela nunca apareceu assim nos desenhos da TV, para infelicidade dos moleques que acompanharam a série na época). Toth desenhou gibis do Zorro (baseados na série de TV produzida pela Disney) para a Wertern Publishing Company e criou o visual de vários desenhos da Hanna-Barbera nos anos 1960, dentre os quais, Scooby-Doo, Herculóides, Space Ghost, Homem-Pássaro, Sansão e Golias, Poderoso Mightor e muitos outros.
Toth faleceu recentemente e seu estilo vai deixar saudades. Se existe um artista que pode ser considerado o sucessor de Toth é Bruce Timm, o responsável pelo design de séries de desenhos animados da Warner como Liga da Justiça e Batman do Futuro.
Túlio Vilela, formado em história pela USP, é professor da rede pública do estado de São Paulo e um dos autores do livro Como Usar as Histórias em Quadrinhos na Sala de Aula (Editora Contexto).

Wednesday, June 07, 2006

MAURICIO DE SOUSA: "DISNEY BRASILEIRO"?


É comum chamarmos Mauricio de Sousa de o "Disney brasileiro". Até um certo ponto, isso é verdade. Mas se compararmos as carreiras dos dois, perceberemos grandes diferenças. Em primeiro lugar, Walt Disney não trabalhava com quadrinhos. Ele era um produtor de desenhos animados, cujas criações foram licenciadas para editoras de quadrinhos. Por isso, quando criou o Tio Patinhas, Carl Barks trabalhava para a editora Western Publishing Company e não para a Walt Disney Productions. Mauricio também montou um estúdio de desenhos animados, mas ele começou sua carreira nos quadrinhos e o seu estúdio dedica-se principalmente à produção de gibis. Eis a diferença: o universo Disney surgiu nos desenhos animados e foi adaptado para os quadrinhos, o universo da turma da Mônica é justamente o contrário, surgiu nos quadrinhos e foi adaptado para desenhos animados. A carreira de Mauricio tem mais em comum com a de Charlie Schulz, o criador de Snoopy, Charlie Brown e companhia. Ambos criaram personagens para tiras de jornais que se tornaram um sucesso, são publicadas ainda hoje e cujas criações são licenciadas para aparecerem em diversos produtos. Também tem muito em comum com a carreira de Stan Lee. Tanto Mauricio quanto Lee estiveram envolvidos na criação de personagens que alteraram o mercados de revistas em quadrinhos em seus respectivos países. Nos Estados Unidos,os super-heróis da editora de Stan Lee, a Marvel, acabaram ultrapassando em vendas os gibis de super-heróis da sua principal concorrente, a DC. Da mesma forma, no Brasil, os gibis de Mauricio acabaram ultrapassando em vendas os gibis da linha Disney. Portanto, "Schulz brasileiro" ou "Stan Lee brasileiro" são, talvez, descrições mais adequadas do que o rótulo "Disney brasileiro". Falando nisso... Já era hora de alguém lançar um livro sobre a carreira de Mauricio de Sousa. Sidney Gusman, editor do site Universo HQ e da edição brasileira da revista Wizard, recentemente lançou pela Editora Globo o livro Mauricio: Quadrinho a quadrinho. Trata-se de uma obra que além de contar o início da carreira de Mauricio, também apresenta uma lista dos quadrinhos favoritos do criador de Bidu e companhia. Na lista, aparecem tanto quadrinhos que marcaram a infância e a adolescência de Mauricio quanto obras de autores mais recentes do Brasil e do exterior. Creio que uma das razões para o sucesso de Mauricio é que embora ele esteja longe de ser um desenhista excepcional (qualquer um dos desenhistas de sua equipe o supera em técnica), o pai da Mônica possui um talento raro no cenário dos quadrinhos brasileiros: é um bom roteirista. Mesmo antes de suas histórias passarem a ser criadas por outros roteiristas, Mauricio já criava histórias engraçadas e personagens carismáticas: Bidu, Cebolinha, Astronauta, Piteco, Horácio, Penadinho, Chico Bento, Tina, Rolo...

Túlio Vilela, formado em história pela USP, é professor da rede pública do estado de São Paulo e um dos autores do livro Como Usar as Histórias em Quadrinhos na Sala de Aula (Editora Contexto).

Sunday, June 04, 2006

MARVEL MAX: Gotham city é "fichinha" perto da Chicago onde vive o Falcão Noturno


Quando eu tinha uns sete, oito anos, meus quadrinhos favoritos eram os da turma da Mônica. Depois, acabei me interessando mais por coisas como MAD e Asterix. Quando era adolescente,meus quadrinhos favoritos passaram a ser os de super-heróis Marvel/DC. Hoje, prefiro ler um bom quadrinho de faroeste italiano (exemplo: Mágico Vento) ou um "livro de verdade". Ainda leio um ou outro gibi de super-heróis, mas não tenho mais paciência para ler sagas intermináveis. Recentemente, acabei descobrindo Marvel Max, um dos títulos publicados pela Panini. Trata-se de uma revista mensal que reune histórias publicadas pelo selo MAX, a linha de histórias "adultas" da Marvel. Que fique bem claro: o que os caras entendem por quadrinhos adultos é rechear as histórias com uma média de dois ou mais palavrões por quadrinho e várias cenas de violência gratuita. Sexo? nenhum ou muito pouco! Não entendo esse puritanismo de parte da sociedade norte-americana que acha a violência mais aceitável do que sexo. Prefiro ver belas mulheres nuas ou seminuas em poses sedutoras do que marmanjos se afogando em poças de sangue. Em todo caso, vou comentar uma das séries publicadas nessa revista. Trata-se de Falcão Noturno (Nighthawk), cuja premissa pode ser resumida na seguinte frase: "O que aconteceria se o Batman fosse negro ou afro-americano?". O sangue também jorra nos quadrinhos dessa série, mas pelo menos tudo acontece dentro de um contexto. O roteiro e a arte enxutas da dupla Daniel Way( roteirista) e Steve Dillon (desenhista) se combinam para produzir uma narrativa que flui de modo semelhante a um filme. Chega a lembrar os mangás com textos curtos e poucos quadros por página, com a ação sendo mais mostrada do que descrita, mas combinado com a influência de Watchmen. A história se passa em Chicago, que no gibi lembra bastante São Paulo, especialmente a "Cracolândia". Vale pela abordagem realista ou quase realista de problemas como drogas, racismo e corrupção. Ah, já ia me esquecendo, o vilão é um farmacêutico psicótico que se transforma no Whiteface, uma espécie de Coringa. Repare no número da besta, 666, nos balões de aniversário na festinha "animada" pelo tal palhaço...
Túlio Vilela, formado em história pela USP, é professor da rede pública do estado de São Paulo e um dos autores do livro Como Usar as Histórias em Quadrinhos na Sala de Aula (Editora Contexto).